Em um mundo onde a sustentabilidade é cada vez mais urgente, o projeto Costurando Sonhos Brasil tem se destacado ao unir upcycling, geração de renda e empoderamento feminino nas favelas brasileiras. Com sede em Paraisópolis, segunda maior favela de São Paulo, o projeto transforma uniformes corporativos usados em novas peças de vestuário e acessórios, por meio da moda circular. O que antes seria descartado ganha nova vida pelas mãos de mulheres empreendedoras das periferias.
Empresas como LATAM, Santander, Scania, Enel, Itaú, Pernambucanas e Casas Bahia contrataram os serviços do Costurando Sonhos Brasil para dar destino sustentável aos seus uniformes antigos. Em vez de descartá-los, os tecidos foram reaproveitados por meio de upcycling, técnica que transforma resíduos têxteis em novos produtos, sem a necessidade de desmanchar a fibra, criando bolsas, mochilas, nécessaires, roupas e brindes corporativos com identidade e responsabilidade ambiental.
“As empresas contratam o nosso serviço, reconhecendo a qualidade e o valor social do que fazemos. Cada peça é produzida com cuidado, técnica e propósito, promovendo impacto real para quem costura e para quem consome”, afirma Suéli Feio, uma das fundadoras do Costurando Sonhos Brasil. “É sobre costurar sonhos, mas também sobre tecer oportunidades, dignidade e sustentabilidade”.
O impacto do projeto vai além da preservação ambiental. O Costurando Sonhos forma e emprega mulheres em situação de vulnerabilidade social, promovendo autonomia financeira e inclusão produtiva nas periferias. A iniciativa contribui diretamente com diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, como:
- ODS 1 – Erradicação da pobreza
- ODS 5 – Igualdade de gênero
- ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico
- ODS 12 – Consumo e produção responsáveis
- ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima
Impacto em números:
- 16.816 peças produzidas a partir de uniformes reaproveitados
- 8,4 toneladas de resíduos têxteis evitados (reaproveitados) desviadas de aterros sanitários
- Mais de 1.600 mulheres formadas e empregadas em corte, costura e empreendedorismo
- Geração de renda direta para famílias de comunidades periféricas
“A sustentabilidade que praticamos é real e coletiva: ela cuida do planeta e transforma vidas. Cada peça costurada é um passo a mais para um mundo mais justo, inclusivo e sustentável”, afirma Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas, organização à qual o projeto é vinculado.
Ao conectar o setor privado com a potência criativa das favelas, o Costurando Sonhos Brasil mostra que é possível fazer moda com propósito, alinhada à economia circular, à responsabilidade social e ao desenvolvimento sustentável. E que costurar sonhos é, na prática, transformar vidas e o planeta.
Mais informações: https://costurandosonhosbrasil.com.br/
Fonte: Espaço do Povo