A fintech de crédito Kapitale oferece abordagem inovadora para facilitar o financiamento para PMEs de jovens, mulheres e comunidades rurais
Comunidades rurais, jovens, mulheres e negros são grupos de empreendedores prejudicados no processo para obter acesso a linhas de crédito
O processo para obter acesso a linhas de crédito pode ser altamente burocrático e exigir várias documentações e requisitos específicos, prejudicando ainda mais alguns grupos de empreendedores formados por jovens, mulheres, negros e comunidades rurais. Grande parte enfrenta desafios para obter financiamento para seus negócios e algumas das principais dificuldades são explicadas pela discriminação por parte do sistema financeiro.
“Muitos jovens empreendedores têm dificuldade em oferecer garantias suficientes para obter crédito. Isso ocorre especialmente quando estão iniciando seus negócios e não possuem histórico financeiro ou ativos para oferecer. A Kapitale surgiu para atuar como parceira de distintos perfis de empreendedores”, explica o co-fundador e CEO da empresa, Anderson Pereira.
Os jovens empreendedores enfrentam desafios como burocracia, falta de experiência, taxas de juros altas e falta de conhecimento sobre opções de crédito. Assim como os jovens empreendedores, as comunidades rurais enfrentam várias dificuldades na hora de solicitar crédito. “Isso pode ser devido à falta de conhecimento sobre as opções disponíveis ou às dificuldades impostas por instituições financeiras que oferecem esses serviços”, avalia Anderson.
Além disso, a agricultura é uma atividade que envolve riscos, como variações climáticas e oscilações de mercado. Os produtores rurais enfrentam dificuldades para obter crédito devido à percepção de risco associada à atividade agrícola. Isso pode levar as instituições a serem mais cautelosas ao conceder empréstimos aos agricultores.
“Geralmente são exigidas garantias tangíveis, como terras ou equipamentos, para a concessão de crédito. Nesse momento, a Kapitale entra com uma parceira facilitadora ao crédito para os produtores rurais”, explica o CEO da empresa. A empresa oferece uma plataforma web/móvel que transforma recebíveis de cartão de crédito em ativos de garantia, liberando capital imediato. Utilizando tecnologia de ponta e capitalizando os recentes avanços na regulação de cartões, a plataforma permite que estabelecimentos antecipem suas vendas de cartão de crédito com taxas diferenciadas.
Outro grupo de empreendedores que enfrenta discriminação e dificuldades de acesso ao crédito, são empreendedores mulheres e negros. As mulheres empreendedoras têm mais dificuldade em obter financiamento e recursos para expandir seus negócios, o que pode limitar seu crescimento.
“Precisamos lembrar que antes de 1962 uma mulher não poderia ter um negócio no Brasil sem aprovação do marido. Ser empreendedor no Brasil é por si só um desafio colossal. Agora ser empreendedora e ainda ter que enfrentar as barreiras, discriminações, vieses inconscientes e culturais da nossa sociedade, faz do desafio de empreender ainda mais desafiador”, avalia Anderson.
Apesar de serem melhores pagadoras, as mulheres ainda enfrentam dificuldades em conseguir crédito com taxas justas para seus empreendimentos. Elas podem pagar taxas anuais de juros mais altas do que os homens, devido às barreiras sociais e culturais.
O racismo sistêmico e estrutural afeta o cotidiano dos empreendedores negros, dificultando o acesso ao crédito e a oportunidades de negócios. Essa discriminação pode ser um obstáculo adicional para a democratização do acesso ao crédito. Mesmo sendo uma parcela significativa dos micro e pequenos negócios no Brasil, os empreendedores negros muitas vezes enfrentam dificuldades em obter acesso a crédito.
É importante ressaltar que essas dificuldades são baseadas em estudos e pesquisas realizadas sobre o empreendedorismo negro no Brasil. Essas pesquisas destacam a necessidade de intensificar a concessão de crédito e promover ações para combater as desigualdades raciais no ambiente empresarial.
Anderson Pereira co-fundador e CEO da Kapitale
Sobre a Kapitale
A Kapitale, fintech de crédito com base em recebíveis criou uma abordagem inovadora de financiamento para PMEs que utiliza os recebíveis de cartões de crédito como garantia. Fundada em 2015 pelo empreendedor Anderson Pereira, foi aprimorada durante o seu mestrado no MIT (Massachusetts Institute of Technlogy), onde desenvolveu uma nova plataforma robusta para solucionar a dor de 91% das MPMEs que lutam para ter acesso ao crédito. “O Brasil e a Argentina são os únicos países do mundo que encontrei em minha pesquisa onde uma venda de cartão de crédito demora mais de 30 dias para ser liquidada. Isso criou um mercado de antecipação de cartões crédito dominado por poucos players, que oferecem um crédito caro e pouco eficiente. A Kapitale nasceu para mudar isso”, diz o empresário.