Como voluntária da iniciativa chamada “Cadernos Fraternos”, apoiada pela Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF), Rosi foi movida pela inspiradora ideia de convidar os moradores do local a confeccionarem capas de cadernos, que serviriam de material escolar para as crianças acolhidas em Moçambique, na África (lá, as crianças recebem um bloquinho por ano do governo; e para treinar a caligrafia, escrevem na areia, até estarem aptas a utilizar as folhas), e de cidades brasileiras.
A experiência da professora Rosi, que resultou em cerca de 350 capas, está agora contada nas páginas do livro “Rosi e os Cadernos Fraternos”, de autoria de Rita Foelker, moradora em Jundiaí (SP). O lançamento, com a participação da educadora e da escritora, será na Pinacoteca de Santos (SP), no dia 15 de julho, sexta-feira.
Livro que leva água
Além de relatar a potente história, o livro “Rosi e os Cadernos Fraternos” terá a arrecadação destinada à iniciativa de voluntários “Água para Madagascar”, da FSF, com a missão de levar água limpa e potável para as crianças acolhidas no Sul da ilha africana, um dos braços do projeto Ação Madagascar.
O projeto Ação Madagascar atua em 12 Centros de acolhimento com a entrega de quase 12 mil refeições (11.993) e 5095 tratamentos nutricionais por mês.
O acesso à água nesta região do país é escasso, o clima é de semideserto e atravessa a pior seca dos últimos 30 anos. A população chega a ficar até um ano sem que uma gota de água caia do céu e metade dela não tem acesso à água potável, o que provoca inúmeros casos de desnutrição severa.
Para matar a sede da comunidade, uma vez por mês, os voluntários compram carros-pipa com capacidade de 5 mil litros a um custo médio de $50 (o equivalente a quase R$238). O custo alto e a dificuldade na logística (há apenas um carro-pipa disponível na região para aluguel), o oferecimento de água ainda é limitado e apenas três comunidades são abastecidas com água potável para que consigam beber e cozinhar.
A distribuição de água por carro-pipa ainda é a mais viável, já que a perfuração de poços é cara, em torno de R$240mil, profunda, mais de 40 metros de profundidade, e nem sempre com a certeza do recurso natural disponível e permanente.
Sem o fornecimento de água contínua por parte das doações, a população precisa dividir com os animais a lama do que sobra das poças feitas pelas chuvas – quando acontecem. É da água suja, contaminada e malcheirosa que eles cozinham, tomam banho e bebem.
Serviço Lançamento
Livro “Rosi e os Cadernos Fraternos”, de Rita Foelker
Quando: 15 de julho, sexta-feira
Horário: das 16h30 às 20h.
Onde: Pinacoteca de Santos – SP
(Av. Bartolomeu de Gusmão, 15. Santos. SP).