No Senegal, Chemin Du Futur comemora 10 anos com o primeiro acolhido no ensino médio

O projeto abraçado pela FSF  oferece educação, moradia e alimentação para meninos em situação de vulnerabilidade no país africano

Neste mês de setembro, o projeto Chemin du Futur da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras (FSF) completa 10 anos de acolhimento a crianças em situação de rua em Dakar, capital do Senegal – na África. A data é comemorada com muita alegria, porque, pela primeira vez, um dos acolhidos ingressou no ensino médio senegales. 

“Ver um ex-menino de rua que estava sem perspectiva de vida ser o primeiro a alçar o ensino médio e saber que daqui três anos terá a oportunidade de ingressar em uma faculdade é mais do que gratificante, é a prova de que estamos no caminho certo”, alegra-se o coordenador do projeto, Edmilson dos Santos Neto.

Ao longo de uma década de projeto, já passaram pela casa de acolhimento 44 meninos, entre seis e 18 anos. Atualmente, 25 estão sendo acompanhados até completarem a maioridade. Estima-se que pelo menos 30 mil meninos não tenham um lar em toda a região de Dakar. Segundo a ONU, este é o maior fenômeno de crianças de rua do mundo. A 40 quilômetros de distância do centro da cidade, está o orfanato Chemin Du Futur. 

Com o apadrinhamento e as doações avulsas, o projeto consegue manter o orfanato aberto e oferecer aos meninos um lar, alimentação, educação, atendimento à saúde, recreação e profissionalização.

“São 10 anos de muitas vitórias e aprendizados. É um sentimento inexplicável acompanhar o crescimento desses meninos que chegam sem nenhuma perspectiva de vida até completarem a sua maioridade com condições de se manterem sozinhos”, explica o coordenador.

Durante a permanência no orfanato, eles recebem condições dignas para viver e formação profissionalizante – como oficinas de avicultura, panificação, elétrica básica e de construção civil; além de aprenderem a cuidar de horta.

“Muitos meninos já passaram pelo projeto, temos muitas histórias, mas a cada dia um brilho novo surge. Sempre que nos deparamos com suas conquistas, cada um com seu estágio diferente, nos alegramos e carregamos no coração a felicidade de poder fazer parte disso”, comenta o coordenador. E complementa, “É um projeto absolutamente ousado, não oferecemos só o alimento e moradia, nós abraçamos a vida deles e caminhamos juntos em fraternidade”, finaliza.

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