Pesquisa Mapa ESG Brasil, apresentada pelo Plano e Mynd, mostram que o assunto de responsabilidade social, ambiental e de governança vem sendo tratado com maior importância nas empresas
A abordagem das pautas de cunho social, meio-ambiente e de governança vem sendo tratada de forma mais madura pelas empresas no Brasil. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa Mapa ESG Brasil, feita pela consultoria Plano, em parceria com a Mynd, e realizada pela Ilumeo.
O mapeamento foi divulgado nesta terça-feira, 13, e usou como base pesquisas, relatórios e artigos a respeito da temática ESG, publicados entre 2019 e junho de 2024.
Em 2023, por exemplo, quando questionadas sobre as razões que as levam a promover ações e adotar políticas ESG, o real impacto no meio-ambiente e na sociedade era citado por 57% das empresas respondentes. Agora, em 2024, esse índice subiu para 78%.
A reputação de marca também continua forte como as razões motivadoras de adoção de princípios ESG. Nesta edição do ano, 77% das empresas citaram a reputação de mercado como o elemento principal para abordar as causas de governança corporativa, responsabilidade social e ambiental. Em 2023, esse índice era de 61%.
As empresas também estão mais atentas para os impactos que essas ações podem gerar entre seus próprios colaboradores. O maior engajamento com o público interno foi uma das razões citadas por 63% dos entrevistados na edição atual da pesquisa (no ano passado, o índice era de 33%.
“Esses dados mostram o movimento de empresas sérias em busca de responsabilidade em suas ações, seja no desenvolvimento de produtos à contratação de um time diverso e construção de narrativas de negócios que construam suas empresas com autoridade e reputação junto à sociedade”, avalia Vivi Duarte, CEO da Plano, consultoria que, desde abril deste ano, passou a fazer parte da Mynd, como pilar de ESG da companhia.
O Social dentro do ESG
Outro dado apresentado pelo Mapa ESG Brasil diz respeito à adesão a cada uma dessas letras que compõem a sigla. Para 72% das empresas, as ações de responsabilidade social são a prioridade em suas atividades dentro do universo ESG. A Governança corporativa foi apontada como prioridade na agenda de 68% enquanto as ações de preservação e conservação do meio-ambiente foram citadas por 66%.}
A pesquisa também procurou apontar quais fatores as empresas considerem essenciais para que sua agenda ESG seja construída e cumprida com sucesso. Na liderança (com 56% das citações) apareceu a capacitação de lideranças e colaboradores, seguida pela colocação do ESG na agenda de negócios (com 48% das citações).
Também foram citados como fatores essenciais para o sucesso do ESG o Orçamento Dedicado (47%), Cultura de Sustentabilidade Forte (43%) e a promoção de ações de conscientização (43%).
Para Vivi Duarte, a forma pela qual as empresas podem incorporar a agenda Social e promover, de fato, ações que gerem impactos positivos, é atuar de forma relevante junto às suas audiências de publico interno e externo, considerando que temas como raça, gênero e diversidade são aliados de novos negócios, além de promover impacto positivo socialmente.
“Uma empresa ativa dentro destas narrativas e ações positivas tem muito mais relevância para os consumidores e colaboradores”, completa Vivi.
A executiva cita, ainda, outra informação, extraída do estudo KPMG CEO Outlook 2023, de que 69% dos CEOs afirmam incorporar totalmente ESG em seus negócios como meio de gerar valor. “O tema é relevante e não irá recuar no mundo dos negócios e no radar dos consumidores e sociedade. Ao contrário do que muitos pensam, avançará e deve ganhar cada vez mais valor”, projeta.
Fonte: Meio&Mensagem
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