Revista Traços: transformação social pela cultura no Distrito Federal e Rio de Janeiro

A partir da comercialização da Revista Traços, pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade tornam-se Porta-Vozes da Cultura e entram em ciclo de geração de renda e mudança de vida

Há quase uma década a Revista Traços promove transformação social a partir da valorização da cultura brasileira. Nascida em 2015, em Brasília (DF), a revista logo ganhou asas e foi também para o estado do Rio de Janeiro, em 2021. Hoje, a publicação atua na capital brasileira, na capital carioca e em Niterói, tornando-se referência como espaço de reflexão, registro e divulgação cultural a partir de um trabalho editorial premiado e reconhecido nacional e internacionalmente.

Nomes como Ney Matogrosso, Ellen Oléria, Hamilton de Holanda, Zélia Duncan, Alok, Marieta Severo, Andréa Beltrão, Xande de Pilares, Fábio Porchat, entre muitos outros, já foram destaque nas edições da revista.

Do mesmo modo, projetos e artistas independentes que estão fazendo a diferença são eternizados na publicação, que reconhece a importância de cada peça que compõe a complexa trama do ecossistema cultural brasileiro. O ecossistema Traços, aliás, é também vasto e vai muito além da revista: envolve uma potente rede intersetorial que se move, dia após dia, em busca de um mundo melhor. Mas, como assim?

Cultura e reinserção social
A Revista Traços é comercializada em locais de grande circulação que partilham do propósito cultural e humanitário da publicação, como bares, restaurantes, pontos turísticos ou espaços culturais. As edições são vendidas pelos chamados Porta-Vozes da Cultura, pessoas que estavam em situação de rua ou extrema vulnerabilidade financeira e, na Traços, encontraram a possibilidade de geração de renda, resgate de autoestima e reinserção social.

Cada revista custa R$10, dos quais o Porta-Voz fica com R$7 e utiliza os outros R$3 para comprar um novo exemplar, mantendo o ciclo de geração de renda. Além das revistas, o Porta-Voz recebe crachá de identificação, colete, treinamento para vendas e acompanhamento personalizado que inclui planejamento financeiro e de vida, encaminhamentos para os acessos à rede socioassistencial e inserção em atividades e ações culturais.

Todo esse processo proporciona, ao Porta-Voz, ganho de autonomia e, consequentemente, condições para que ele saia do círculo da pobreza e tenha perspectivas pessoais e profissionais. A ideia é que a Traços seja um trampolim que auxilie o Porta-Voz da Cultura a alçar outros voos.
Até o momento, mais de 800 Porta-Vozes passaram pelo projeto: 500 em Brasília e 300 entre Rio de Janeiro e Niterói. Em Brasília, mais de 280 pessoas conquistaram moradia fixa e saíram das ruas da cidade. No estado do Rio de Janeiro, nossas parcerias se expandem para 21 unidades de assistência social.

Rede internacional e debates
A Revista Traços é um dos 125 street papers do mundo e é parte do International Network of Streetpapers (INSP). Street paper, ou papel de rua, é um veículo de mídia com propósito, usualmente vendido por pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade e que defendem questões enfrentadas por essas populações.

Com intuito de ampliar o debate relacionado à cultura e transformação social, a Traços realiza seminários anuais sobre o assunto, bem como eventos culturais esporádicos, como os EnconTraços, para promover o lançamento de revistas e estreitar laços entre público e parceiros.

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